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domingo, 29 de janeiro de 2012

NAGRELHA & BRUNO KING REVISTA CARGA


REVISTA CARGA OS LAMBAS
By: Rikardo Kosta


FLY SKUAD PARTICIPAÇÃO NA TRACK DO BOY PSYKOH - "INKRÍVEIS"

Psykoh - "Incríveis" ft. Fly Skuad
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BRUNO M AUTO-BIOGRAFIA

Registado pelo nome de William Bruno Diogo do Amaral, filho de Pedro do Amaral e de Merciana Manuel Pascoal Diogo, casado, de nacionalidade angolana, nascido na província de Malanje aos 15 de Setembro de 1985, hoje ao falarmos de Bruno M, falamos nem mais nem menos do que um jovem que dedica-se à música desde os tempos mais remotos da sua adolescência. Desde 1999 aos meados de 2004, foi praticante de rap das ruas de Luanda aos mais variados home studios da cidade.

Ainda em 2004, por influência de amigos com quem partilhou vizinhança, tornou-se membro de um gang juvenil, conhecido por Alameda Squad, grupo muito polémico na época. Nos finais do mesmo ano, também conhecido por “Scocia” no seio do grupo, Bruno M e alguns membros do grupo são presos na C.C.L. (cadeia central de Luanda), fruto das praticas anti-sociais desencadeadas na época, vindo a passar lá alguns dias antes de liberdade. «Aquele foi como um mal necessário, pois foi praticamente ali onde tudo começou… Por influência de alguns jovens que lá faziam kuduro por diversão, comecei a escrever alguns versos de kuduro, nos quais retractava as minhas vivências na época...».

Mais tarde, pós liberdade, decidiu corrigir e concluir alguns dos versos compostos na C.C.L., tendo então a sua primeira letra concluída intitulada “Não respeita, né?!”. «No princípio do segundo semestre de 2004 ainda procurei por alguém que cantasse o “Não respeita, né?!”, mas foi um esforço em vão, pois não encontrei alguém que cantasse como eu quis que a letra fosse interpretada. Na altura eu já fazia instrumentais de kuduro e captação de voz em estúdio caseiro, onde fazia a produção de vários kuduristas mesmo antes de eu começar a cantar, daí o nome de “Bruno Mágico” assim baptizado pelos mesmos kuduristas dos quais fazia a produção musical. Foi então quando experimentei interpretar a letra por cima de um instrumental de minha autoria e felizmente a música foi bem aceite, não obstante o facto de, nos primeiros dias receber ainda muitas criticas e ser alvo de troça de algumas pessoas que ainda não compreendiam a tendência inovadora que eu trazia ao estilo Kuduro, apesar de não ter cantado por fins de expansão». Não foi necessário muito tempo e já era notável um grande número de jovens que faziam kuduro inspirando-se no “Não respeita, né?!” de Bruno M.

Daí observava-se, então, um grande exemplo de vida, particularmente aos jovens luandenses, numa altura em que estavam na sua maioria envolvidos em práticas menos lícitas como associações de malfeitores (gangs) e outras espécies de má conduta social. Após aperceber-se que podia fazer algo melhor, Bruno M entregou-se à arte na sua forma musical arrastando consigo uma legião de jovens que no passado perdiam-se em práticas criminosas e encontraram no Kuduro consolo e meio de manifestação e expressão.


Sem qualquer objectivo profissional, Bruno M lançou nos meados de 2005 a sua segunda musica intitulada “I am”, expressão inglesa que significa “Eu sou”. «Como não deixava de ser, era uma música onde eu retractava as minhas vivências, a minha zona, em fim… Na verdade eu achei no kuduro um canal aberto onde pude me exprimir de modo livre e demonstrar ao público em geral que não éramos exactamente o que as pessoas diziam, mas sabíamos e fazíamos coisas melhores, dai a minha preocupação em trazer sempre um conteúdo musical de abrangência social com vista a contribuir modestamente para o equilíbrio da classe juvenil…».

Ainda nos finais de 2005 Bruno M começou a compor a sua terceira letra intitulada “1 para 2”, tendo concluído a mesma apenas no segundo mês do ano seguinte. Era uma letra mais matura onde já apareciam versos com desencorajamento ao crime, em fim… “1 para 2” foi simbolicamente o começo de uma nova era do kuduro, tudo porque daí em diante já apareciam músicas de kuduro com um certo conteúdo informativo e educativo acima de tudo. Foram surpreendentemente três sucessos consecutivos, o suficiente para convencer qualquer ouvinte, e como onde há fumo, quase sempre há fogo, Bruno M foi recebendo muitas propostas contratuais de editoras e empresários atraídos pelo sucesso alcançado, sem querer, por este jovem músico que já não tinha nada para além do prazer em musicalizar para consolar a sua alma quebrantada pelos problemas sociais que o afrontavam. Estavam então as portas abertas para que se tornasse sólido o projecto “Batida Únika”.

Foi então a partir de 2006 que Bruno M iniciou a produção executiva do seu primeiro álbum que viria a intitular-se “Batida Únika”, por se tratar de uma nova vertente do estilo Kuduro e que, desde então, tornou-se na forma padrão de fazer o estilo até aos dias de hoje. O processo de produção das 15 faixas musicais que compunham o álbum, nomeadamente “Não Respeita, Ne?!”, “Olha Quem Vem Ai”, “Para-choque”, “Toques De Caixa”, “Tsunami”, “I Am”, “Dança Da Tropa”, “Endju Tupiluke”, “E Bom!”, “Tropa 100 Farda”, “Txubila”, “1 Para 2”, “Sentem”, “60 Segundos” e “Maratona”, foi concluído apenas em 2008, ano em que foram oficialmente expostas 14 mil copias à disposição do impetuoso público amante do estilo, no dia 3 de Fevereiro, na portaria do cine Atlântico em Luanda, e subsequentemente Bruno M e o seu elenco iniciaram uma tournée inter-provincial em Angola com vendas do seu álbum e os respectivos shows de apresentação.

Dentre outros eventos internacionais em que participou Bruno M, um dos mais relevantes aconteceu ainda no ano 2008, aos 25 de Janeiro, no Brasil em que, juntamente com outras vozes da música angolana, nomeadamente Ary, Noite e Dia e Yola Semedo, representou Angola em um evento cultural alusivo a mais um aniversario do estado de S. Paulo, no Brasil e concomitantemente da província de Luanda, em Angola. Trata-se de um evento que entreteve aproximadamente 80.000 espectadores estrangeiros que puderam presenciar o desigual ritmo do estilo Kuduro como uma vertente moderna da musica angolana. A grande importância do evento residiu no intercambio cultural que contribuiu para a expansão da musica angolana, em particular o Kuduro, sem esquecer a grande importância da data para os povos brasileiro e angolano.

Também foi em 2008 que Bruno M aparece no Top dos Mais Queridos, festival musical de maior relevância em Angola de frequência anual realizado pelo grupo Rádio Nacional de Angola onde são eleitos, através de votação pública, os dez melhores músicos de cada ano. A participação de Bruno M veio confirmar a qualidade da sua criação musical, evidenciando a sua modesta contribuição para a boa imagem do estilo Kuduro e a sua aceitação nos grandes grupos sociais.
Em Julho de 2009, Bruno M produz e lança o single “Dança Do Scomba” que tornou-se em um grande sucesso alem de fronteiras e garantiu a sua vitória na primeira edição do prémio Top Kuduro, realizado e produzido pela Rádio Escola, através do Grupo Cefojor aos 27 de Dezembro do mesmo ano.

Casou-se em Agosto de 2009 com Wine Carvalho do Amaral, com a qual tem um filho, William César do Amaral.

Aos 10 de Abril de 2010, Bruno M participou de forma relevante em outro grande evento internacional no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, Portugal. Ate agora considera-se que foi o maior evento internacional da musica angolana, pois levou um leque de aproximadamente 50 dos melhores artistas nacionais da idade contemporânea. O evento foi realizado pela LS Producoes comemorando uma grande efeméride para o Estado Angolano que significava o oitavo aniversario desde o acordo de paz definitivo assinado em Luanda aos 04 de Abril de 2002. Dentre o extensivo leque de artistas que que representaram no grande palco do Pavilhão Atlântico, Bruno M foi o escolhido para encerrar o evento, possibilitando assim que ate as 04 horas da manha ainda se encontrassem ai, de pe e sentados, milhares de cidadãos do quadro dos PALOPs e não so que aguardavam expectantes pela actuação de Bruno M. Foi um dos eventos mais singulares de toda a minha carreira musical... Eu me encontrava trancado no meu camarim, totalmente desesperado pois não acreditava que ainda encontraria publico na plateia visto que ja eram 04 horas da madrugada, mas confesso que, quando subi ao palco pude ter uma idea do quanto as pessoas ja estavam ligadas a minha musica, tanto africanos como indivíduos de outros pontos do mundo que se faziam presentes naquela grande sala de espectáculos, pois encontrei uma grande plateia que ultrapassou as minhas expectativas.

De lá para cá, Bruno M é simplesmente uma das figuras mais emblemáticas do estilo Kuduro de todos os tempos, pelas suas características artísticas desiguais e por ser ele mesmo o compositor, interprete e produtor das suas próprias musicas, tudo isso de forma consideravelmente excelente e sem precedentes pelo seu outro lado de intervenção como agente social através da chamada de atenção, principalmente aos jovens angolanos de maneiras a contribuírem activamente no crescimento saudável do país por via da formação académica e profissional e consequente inserção no mercado de trabalho, pautando também pela boa conduta social dentro dos limites da moral e do civismo.

Actualmente Bruno M encontra-se a preparar o seu próximo álbum e uma das grandes metas que tem agora é a de criar um nexo entre o elemento “acústico” e o elemento “electrónico” da sua música, dos estúdios aos palcos diversos proporcionando momentos de actuação ao vivo e com banda, com o objectivo de transmitir a tão questionada alma artística existente por traz do carácter empírico do Kuduro.

Dentre outras competências profissionais ou intelectuais, Bruno M é compositor e produtor musical, estudante da Faculdade de Direito da Universidade Independente, em Angola e recentemente formado em Jornalismo Profissional pelo CeFoJor (Centro de Formação de Jornalistas) na modalidade teórica e pratica. É membro da associação A.H.A.R.P.E. (Acção Humanitária de Assistência e Reinserção de Presos e Exilados), na categoria de benemérito, com um objecto social unicamente filantrópico.

Dentre outros projectos vindouros, Bruno M e a sua produtora têm em vista a realização de um filme que ira inclinar-se na própria historia da trajectória do artista. Existe também o projecto de produção e apresentação de um programa de Kuduro no canal internacional de musica africana, Afro Music Channel, ainda para o ano 2010.

Bruno M pretende lançar o seu segundo álbum o mais brevemente possível, traçando um afastamento parcial ao mercado musical activo, mormente o Kuduro, para dedicar mais do seu tempo e atenção a sua formação com a finalidade de iniciar o próximo ano direccionado a uma perspectiva diferente, propriamente ligada ao seu tão augurado estatuto social.

Considerações do autor:

A musica angolana ganha cada vez mais credibilidade a nível internacional bem como ganha mais reconhecimento a nível interno como um modo de manifestação cultural, fruto do esforço levado a cabo por honrados artistas, produtoras e não só. Portanto, na minha opinião, a musica angolana já merece o estatuto de profissão por ser a fonte de rendimento e sustentabilidade de muitos artistas, não necessariamente todos dos mais conceituados. Quanto a mim, sempre fiz musica por elevado prazer, para sentir-me bem comigo mesmo e comunicar-me de maneira massiva com os demais. Defendo pois, que a arte deve ser desenvolvida sem a influencia directa da vertente comercial do produto “criação intelectual”, ou produto musical, neste caso. Em outra linguagem, para que a arte musical seja considerada como um bom produto final (aceitável por toda a maioria), esta deve ter uma componente natural, fruto da imprescindível espontaneidade criativa do artista e, queria eu dizer que, a influencia directa da vertente comercial afasta gradualmente a entrega natural do artista naquilo que e a criação das suas obras musicais, pois ele acaba também influenciado pelo desejo da prosperidade financeira e, certamente isto não e bom, se partirmos de um ponto de vista conservador da arte natural originaria ou ainda se enquadrarmos o artista na conjuntura social e o identificarmos como um abrangente agente social de publica influencia e de mobilização massiva. Ciente dessas verdades, prefiro não sacrificar a minha formação em detrimento da musica, pois tenho grandes sonhos na vertente em que estou a me formar. Por isso, peco a colaboração das pessoas que gostam da minha musica, das instituições que acreditam no lado positivo da minha musica, da grande classe dos medias, de toda a comunidade que interage no musicol angolano, principalmente os intervenientes do estilo Kuduro e, de certeza conto também com a colaboração dos meus familiares e amigos.
Originalmente por William do Amaral, vulgo Bruno M



By: Rikardo Kosta

AZAGAIA DESCREVE DISCO DE MC K


Proibido ler isto
 
 
Agora que começaste vai até ao fim... disse para mim mesmo depois de apertar o play e deixar o novo CD do McK rolar. De certeza que não sou o único que gosta do proibido, eu e toda a raça humana somos assim. Proibir é acender uma chama no frio, ela queima mas aquece. Ainda bem que logo na primeira faixa do disco o K tranquiliza-nos quando diz que se trata de Fogo Amigo. E é disso mesmo que se trata, McK, por trás da Trincheira de Ideias que já nos habituou, abre fogo em nome da justiça, paz e liberdade e diz que está de volta na caminho de luta depois de 5 Anos de Ausência.
O álbum começa muito bem para quem esperou 5 anos por ele. Com uma sessão rimada de explicações e esclarecimentos, afinal meia década de ausência é suficiente para alimentar boatos, rumores, e mal entendidos, McK leva-nos aos assuntos proibidos de Angola, de África e do mundo, mostrando-nos que embora afastado, esteve sempre atento. Acredito que foi com essa atenção que ele percebeu o que há Por Detrás do Pano num som profundo e arrepiante com a ajuda das vozes vibrantes de Beto de Almeida e Ângela Ferrão, na faixa 3. A mim pareceu-me um recado para uma Angola emergente onde por mais que a vida brilhe como diamantes para alguns e como lágrimas para muitos, no fundo todos os angolanos são iguais e sensíveis às fatalidades da vida, daí a necessidade da união para além dos bens materiais, bens esses que, segundo o K, são também o fundamento da Teologia da Prosperidade que multiplica falsos profetas na terra das Palancas. Já agora, também aqui no país da Marrabenta. E falando em país, na quinta faixa percebemos com quantos Nomes, Rimas e Palavras se fazem os podres dum país. Tudo isso por cima dum beat ácido de Sam The Kid que, curiosamente, foi produzido na noite de natal de 2009 na casa do McK com o MPC do Boni da Diferencial. Eu estava presente na hora e foi o natal mais underda minha vida. Jesus nasceu ao som de beats e rimas.

Phay Grand O Poeta Entrevista

domingo, 15 de janeiro de 2012

Valete - Skinheads Primeira Track de 2012



''Hip-Hop Series'' é um projecto criado pela SoHipHop, que tem como objectivo dar a conhecer novos talentos emergentes que têm muito para oferecer e ao mesmo tempo juntar MCs já consagrados, com um currículo respeitado. Este é o quarto volume e DJ Curzfader é o responsável pela escolha dos sons.
''Skinheads'' é um tema inédito de Valete e é o primeiro avanço deste trabalho. O beat é do produtor Brasileiro Nave, que também será responsável por grande parte da produção do álbum de Valete, ''Homo Libero'', que sairá este ano. Sintam-se à vontade de partilhar a noticia!Download free